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  • Writer's pictureIsabel Valente

Férias em família - sonho ou pesadelo?

Agora que estamos em pleno mês de férias, é habitual vermos famílias inteiras a divertirem-se na praia, na piscina ou no campo. Todavia, e apesar de andarmos mais de metade do ano a desejar as férias de verão, nem sempre estas nos trazem o tão merecido descanso.


Senão acreditam, perguntem a todas as famílias com filhos mais ou menos pequenos que se atrevem a viajar, nesta altura, por esse Portugal ou mundo fora!!


A verdade é que as expetativas de muitos de nós, pais, em relação às férias não são minimamente realistas quando sonhamos com um bom livro, um bom jantar romântico sem quaisquer interrupções ou queixas dos mais pequenos, esquecendo-nos frequentemente de incluir nas nossas férias do sonho... as nossas preciosidades maiores - os nossos filhos!



Por isso mesmo, está na hora de acordarmos e aproveitarmos as nossas férias em família sob pena de vivermos as mesmas em permanente negação e frustração!


Lembrem-se que, mais do que qualquer outra coisa, será importante incluir os nossos filhos neste sonho conjunto que são as férias de verão, deixando-os pesquisar, sonhar e propor também algo que gostariam de fazer no local onde pretendem passar mais tempo.


No caso de serem muito pequenos, dêem-lhes opções que vão ao encontro dos seus interesses e deixem-nos escolher, pesando os prós e os contras, por exemplo:


- “Se querem visitar o estádio de futebol de manhã, o ideal será termos algo mais calmo à tarde. O que vos parece a piscina?” ou...

- “Podíamos ir ao parque de diversões amanhã e, no dia seguinte visitávamos a cidade durante a manhã e fazíamos um piquenique no parque para descansar?”


Claro está, não vale esquecer o que também nós, adultos, desejamos, mas acima de tudo, proporcionar experiências e oportunidades de conexão que nos tornem mais próximos e nos façam realmente apreciar as mudanças e o crescimento dos nossos filhos e dos nossos parceiros. Isto não significa persegui-los ou enchê-los com atividades imensas em conjunto quando tudo o que desejam é brincar na água, com o cão ou apreciar apenas um dia no parque sem grande alarido, descobertas ou demasiadas informações.


O certo é que, à semelhança de nós, adultos, também eles adoram ter o seu tempo e espaço para brincar, jogar, ler ou ouvir música e se, à partida, tal nos possa parecer um pouco estranho, importa compreendermos que este suposto afastamento “espacial” não implica necessariamente um distanciamento emocional, mas uma autonomia, confiança e segurança em si mesmos na forma como escolhem usar o seu tempo.


Cá por casa, adoramos desafiar os nossos filhos, visitar museus, ir à piscina, experimentar desportos aquáticos e deixá-los experimentar nova gastronomia enquanto nos perdemos em conversas mais ou menos filosóficas, hipotéticas ou engraçadas. Passamos imenso tempo a descobrir novas músicas e bandas, comparar álbuns e eras musicais com alguma ironia e boa disposição ao descobrirmos que adoramos metal melódico, mas também uma bossa nova bem relaxada ao final do dia enquanto nos perdemos pelos 80s e pelo hard rock do início do século!


E… porque não?


Desta ou de outra forma, o que importa é reforçarmos os laços com os “nossos” enquanto colocamos em prática a nossa confiança neles, comunicando-lhes claramente o quanto os amamos e admiramos por serem apenas quem são!



Se o fizerem, irão sentir-se mais cheios (para além de mais pesados, é claro!) no final das vossas férias!


I know I do! 😊



Isabel Valente


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